quinta-feira, 30 de junho de 2011

Parte 4: Grand Canyon Norte (North Rim)


(este post faz parte da série Uma Estrada Para o Grand Canyon)

Terminada a exploração do Grand Canyon Sul, encaramos a estrada rumo ao norte.

A distância entre as bordas Sul e Norte é pequena, mas a estrada que liga os dois lados faz um contorno de aproximadamente 400 milhas.

Especialmente no dia da viagem, o sol ardia forte o que causou um certo desconforto. Mas a recompensa pelo esforço estava ali mesmo: é dificil descrever em palavras a beleza das paisagens que encontramos.

O trecho mais memorável foi quando percorremos a highway US-89A, uma espécie de estrada auxiliar que liga o fluxo principal ao norte do Grand Canyon. A aridez da paisagem, sol a pino, somado a uma quase solidão na estrada, nos proporcionou uma experiência cinematográfica.


A ponte sobre o rio Colorado deu um show a parte. Chegamos por volta do por do Sol o que conferiu ainda mais destaque para a paisagem. A partir daquele ponto dirigimos por mais uma hora e meia, para então chegamos no hotel de pernoite.
Foi então que percebemos que nossa viagem, que até então tinha sido ótima, estava prestes a se tornar excepcional.

Reservamos um quarto no Jacob Lake Inn, uma rústica e simples hospedagem a 8.000 m de altitude. Já era noite quando estacionamos o carro e o frio predominava. Não me lembro com precisão mas acredito que a temperatura beirava os 0oC.

Ficamos um tanto impressionados com a cortesia que fomos atendidos no check-in e com aquele agradável clima das montanhas.

Na manhã seguinte saboreamos ainda um dos melhores cafés da manhã que já tomamos. É certo dizer que estamos um pouco amearicanizados em relação à comida, mas panquecas caseiras com presunto de serra grelhado, ovo frito e um café bem passado em uma gélida manhã nas montanhas, foi demais.

Da estalagem ao Canyon percorremos mais uma hora de estrada, marcada por uma vegetação castigada pelas queimadas que o Arizona vinha sofrendo.

Gostei muito do lado Sul do Grand Canyon mas confesso que me apaixonei pelo Norte. Entretando, deixo claro que minha opinião é que aqueles que viajam pela primeira vez ao Grand Canyon aproveitarão mais se inciarem sua visita pelo Sul. Isto porque o lado sul concentra toda a estrutura turística do parque e as vistas costumam ser de mais fácil acesso. O Norte fica inclusive fechado na maior parte do ano devido a condições climáticas.

O Norte é rústico. Existem pouquíssimas e muito concorridas opções de hospedagem (para se ter uma idéia é possível realizar reservas com até um ano de antecedência) e muitas das trilhas são de terra. E é isso que confere um charme único ao parque!

Ficamos hospedamos dentro do próprio parquem, no Grand Canyon Lodge o que nos proporcionou o privilégio de jantar com vista para o Canyon logo após o por do sol. De fato nosso chalé ficava a uma curta caminhada do Canyon.

O hotel Grand Canyon Lodge deixou uma impressão curiosa: rústico, com quartos e chalés simples (televisão nem pensar) mas que ao mesmo conserva um clima aconchegante e luxuoso. Esta é uma característica que ainda não tinha encontrado em minhas hospedagens anteriores.

Nas noites fomos cororados com maravilhosas vistas para os Canyons iluminados pela luz da lua e estrelas.

Sem dúvida uma experiência única e imperdível.

(este post encerra a série Uma Estrada Para o Grand Canyon)

Best,
Carlos

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